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Quero desconhecer o âmago de cada risco derramado sobre a folha. Não, eu quero conhecer. Quero ser o inteiro âmago desconhecido de si além de âmago de ser. Bem, talvez…
Em cada instante, no risco, no contraste da forma errônea e despretensiosa da não técnica, há de existir a emoção que chora, a única única. A emoção sujeito. Existe a solidão do risco que se deu à forma e há coisa qualquer morando no risco que sobe circulando a ideia de um olhar, de um broto, da sequência de raízes. Tal arquitetura descoberta sobre o final branco, recortado com as mãos, desmonta a palavra e o sujeito da ação. O risco, sobreposto reiteradamente em riscos, dissolve a interpretação, resolve as cores no jogo sem cores. Os riscos juntos fazem silêncio e descortinam caminhos na história. De perto, é apenas o desenho despretensioso, sem acaso, sem razão de quem desenha para alterar o tempo, para brincar de arte… Para
nada…
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