Meu coração é uma prece

Eu não sei se foi de distração ou de manhã que acordei quase num susto de janela clara e nuvens e promessas de chuva. Eu havia dormido fundo e distraidamente. Eu passei sem ver e existia um milagre contrafeito de efeitos e feitos e… Nada soube-se dizer porquê. O porque já não havia. Então, um…

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Resista – trecho para ouvir

Acho que lembro o que foi escrever o poema “Resista”… Dias e não notícias e tudo que gritava resista, só mais uma vez resista – por mim e por tantos outros. Minha resistência é escrever o poema que quer ser escrito. É amar como ato de resistência, resistir como ato de amor…O poema “Resista” compõe…

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Minha guerra e a miséria nossa de cada vida

Sentei-me na sala vazia…Estamos condenados por tudo aquilo que inventamos como limite.Estamos condenados pelo arsenal de dominações e denominações do que existe.“Mãe, seria tão bom se não existissem bandeiras…”Seria tão bom se essas perguntas fossem apagadas… Sobre locais de nascimento, sobre demarcações, sobre de onde vem ou venho, para onde vão, sobre (de onde somos?,…

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Tempo verbal(e)

Uma semana deitada ao sol, pensando no que não pode ser pensando. Escrevendo palavras que não são escritas e, por hora, são o nunca serão. Não lembro se amanheceu o céu em nuvens ou se já era dia de sol claro, derretendo o vidro da janela, dobrando as curvas das telhas. Os meus olhos sem…

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Seria feliz…

Fechei a janela quando resolvi contar sobre aquilo que me deixa feliz quando estou aqui ou lá, das escolhas mais fáceis, das manhãs, daquelas tardes… Num fim de manhã de julho em chuvisco eu cheguei em casa deixando os papéis sobre a mesa  – o lugar onde tudo fica largado como seguro  -,  tirando casaco,…

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Da janela vê-se a lua – trecho

  (…)Quero desconhecer o âmago de cada risco derramado sobre a folha. Não, eu quero conhecer. Quero ser o inteiro âmago desconhecido de si além de âmago de ser. Bem, talvez…Em cada instante, no risco, no contraste da forma errônea e despretensiosa da não técnica, há de existir a emoção que chora, a única única….

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Variações e (um eu) ‘Sempre ausente’

Escrevo maços de papel nos últimos tempos. Papéis que permanecem adormecidos, repousados, distantes, imaturos como eu, pois é tempo… Esperam a incubação da primavera. E para agora, meus passos saem mais lentos do que antes, eu respiro a lentidão que o tempo pede e se dá. Sirvo cada tempo e destoo rotina, me desafino, me…

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